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domingo, 3 de julho de 2011

Filme: Se beber, Não Case! Parte II

Fazer uma continuação de um filme de sucesso é algo complicado. Ou você aposta numa abordagem nova com risco de perder público, ou você recicla as situações do primeiro filme e as reapresenta com uma nova roupagem.

Foi a segunda opção que escolheu o diretor Todd Phillips em Se Beber, Não Case! Parte II (The Hangover- part II, 2011), seqüência direta da película de 2009 que surpreendeu arrecadando quase 10 vezes os custos de produção (só nos EUA).

Alan (Zach Galifianakis), Phil (Bradley Cooper)  e Stu (Ed Helms) estão de volta pra mais um casamento. É a vez de Stu, que tentando esquecer as aventuras do primeiro filme, vai casar com uma linda oriental no seu país de origem: Tailândia. Querendo fazer um casamento calmo sem despedidas de solteiro, ele não contava com a intrusão do Sr. Chow (Ken Jeong), que vai fazê-los ter uma noite maluca e perder o irmão da noiva em Bangkok as vésperas do casamento.


O diretor, com a ajuda de Craig Mazin e Scott Armstrong reescreveram e maquiaram o roteiro do primeiro filme nessa continuação.

A estrutura é a mesma do primeiro, inclusive com cenas praticamente repetidas (numa espécie de auto-homenagem do diretor), como a preparação do casamento, a ligação desesperada, o flashback (onde se passa quase toda a trama), a resolução que cai do céu e a corrida para casar.

É claro que algumas situações novas são dignas de serem citadas como o macaco fumante (que substitui o bebê do primeiro filme), a heterogênea paisagem tailandesa, a visão que Alan faz de si mesmo e dos amigos e a queda de Stu por prostitutas (que em Bangkok escondem um segredo a mais).

Destaque positivo de atuação vai pro barbudo Zach Galifianakis, mais engraçado e louco (ainda que inofensivo) como Alan e suas caras de choro irresistíveis.

O destaque negativo vai para Paul Giamatti, que já fez papéis memoráveis em vários filmes, e aqui tem uma participação relâmpago e bem genérica. Devia estar precisando de dinheiro.

Uma seqüência memorável é a que Alan, após meditar no mosteiro budista, tem flashes de memória sobre a noite perdida. A reinterpretação de algumas cenas pela ótica distorcida do personagem é, senão hilária, bem surpreendente.

A lente do diretor explora bem o submundo de Bangkok e exalta de forma interessante os contrastes da cidade através de cenários e paisagens, mas isso acaba provocando uma percepção de falta de crítica social na  história (crítica essa que poderia enriquecer o filme).

A trama não vai ser muita novidade pra quem assistiu o original, mas com certeza o espectador vai sair do cinema com dificuldade de esquecer algumas cenas.

Infelizmente algumas pela morbidez, quase como um acidente de estrada em que você não quer olhar, mas olha assim mesmo e tem pesadelos a noite.

O filme apresenta aspectos interessantes o suficiente pra não te fazer perder dinheiro se for ver no cinema, mas aconselho esperar o dvd.

Valeu!

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